sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Grupo que incentivou o cancelamento de show no Amapá, se justifica!

A FEDERAÇÃO AMAPAENSE DE LÉSBICAS, GAYS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS- LGBTs- doravante denominada FALGBT- com sede na cidade de Macapá, é a entidade máxima de representação das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Estado do Amapá, vem a público esclarecer sobre Ofício n.º 056/2013/FALGBT de 03/09/2013 endereçado ao Governador do Estado do Amapá, no mesmo tratamos sobre o cancelamento da vinda da Banda Calypso nossa preocupação vem devido a declarações homofobicas da vocalista da banda Calypson da Senhora Joelma em entrevista ao Colunista Bruno Astuto, da Revista Época.

A FALGBT reafirma que não temos problemas com o tipo de música que a Sra. Joelma canta e toca em sua banda, mas, pesquisas apontam que o suicídio de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais é maior do que o da população em geral. Adolescentes LGBT e Jovens adultos têm uma das maiores taxas de tentativas de suicídio e depressão do mundo. O preconceito e discursos de ódio têm sido mostrados como alguns dos principais fatores, que contribuem para suicídios, mesmo que nem todos os ataques sejam diretos aos LGBT´s adolescentes e jovens. A FALGBT preocupada com o papel de formadora de opinião da famosa cantora foi solicitado o cancelamento da vinda da banda à 50º Expofeira, pois a federação entende que a mesma reafirmou o discurso de ódio em suas declarações baseada em fundamentos religiosos.

O Brasil é um país plural e diverso, que respeita todos os credos e religiões, nosso Estado é laico – não se pode obrigar ninguém a conceitos religiosos, dogmas e é o que está garantido constitucionalmente. E é por isso que o Movimento LGBT defende a mais ampla liberdade religiosa, todos os credos e opiniões.

Não aceitamos que argumentos de religiosos homofóbicos sejam usados como justificativas para o preconceito e negação de direitos aos LGBT. É preciso assegurar a laicidade do Estado e garantir o respeito à diversidade. Queremos igualdade de direitos e políticas públicas de combate à homofobia. Reivindicamos que o Estado brasileiro, de conjunto (ou seja, os três poderes), e em todas as esferas da federação (União, Estado e Municípios) incorporem a diretriz de combater a homofobia e promover a cidadania plena para a população LGBT.

Temos alegria para derrotarmos a face da homofobia, do machismo e sectarismo religioso do Brasil e em seu lugar colocarmos uma sociedade, mas justa e igualitária a todos e todas independente de credo, religião ou orientação sexual com a nossa cara. Não nos intimidaremos. Pelo contrário, ampliaremos nossa luta por uma sociedade justa e igualitária a todos e todas.

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