quarta-feira, 29 de julho de 2015

Fafá de Belém e a banda Calypso conquistam público do FIG

Quase no final do show, a diva paraense Fafá de Belém, o sorriso maior que o rosto, brindou a plateia do Festival de Inverno de Garanhuns com a primeira apresentação pública de uma das canções de destaque do seu disco de 40 anos de carreira, em finalização. Depois de alguns hits do próprio repertório que justificam seu posto de uma das cantoras mais populares de todo o País, ela fez sua versão singular e passional da canção Volta, do compositor a cantor pernambucano Johnny Hooker.

"Desde que eu vi Tatuagem, fiquei louca, com essa letra sem me sua cabeça. É linda. Eu tinha que cantar. E, além do mais, eu sou uma bicha, né?", disse, em entrevista ao JC. Composição do pernambucano que acaba de ganhar o prêmio de melhor cantor popular no Prêmio da Música Brasileira, Volta é interpretada por Johnny no filme Tatuagem, de Hilton Lacerda. "Eu amo Fafá porque ela tem essa mesma coisa que eu: não tem vergonha de ser admitidamente popular, mesmo quando quiseram fazer dela algo mais 'diva'.

Em Garanhuns, Fafá fez um dos shows mais vigorosos e elegantes de sua carreira nos últimos tempos. Com direção do músico paraense Felipe Cordeiro, ela contou na banda com a presença também do pai dele, o mestre da guitarrada Manoel Cordeiro. Foi, portanto, uma noite de celebração da cultura pop e popular de Belém com muitas guitarradas e carimbó. "Bora dançar, é o Bailão da Fafá, minha gente!", gritava, desabando na sua tradicional gargalhada, para o público que respondia imediatamente.

Fafá estava soltíssima. Dançou, brincou, pegou o celular da plateia para fazer selfies. Abriu com um set de sucessos do começo da carreira e, claro, emendou com sucessos românticos como a clássica Coração do Agreste. A noite foi dela.

A banda pernambucana Ska Maria Pastora, com participação especial de Issar França, esquentou o público para o show de Fafá. Depois, milhares de fãs com letrinhas na ponta da língua e passinhos na ponta do pé, acompanharam obedientes os chamados de Joelma e Chimbinha durante o show da banda Calypso. Com 15 anos de carreira e DVD celebrativo recém-lançado, a banda, do começo ao fim, confirmou porque é uma das forças-motoras da música de massas do País. E Joelma tava eclética: de música dançante com louvação a Deus e canção-drama de amante enganada, emprestou sua teatralidade habitual a vários temas".

Mais cedo, no Palco Pop do Parque Euclides Dourado, um espetáculo de teatro foi acompanhando por quase mil e quinhentas pessoas com o entusiasmo de um shoe de massas. Pela primeira vez no Agreste, o musical Gonzagão, a lenda, escrito e dirigido pelo pernambucano João Falcão, bateu em Garanhuns a marca de 200 mil espectadores desde a estreia, há três anos. Com destaque para o casal de protagonistas Larissa Luz e Marcelo Mimoso, o opereta farsesca, pop e popular foi vibrantemente aplaudida a cada número. No final, para comemorar, Mimoso cantou, à capela, Garanhuns, onde o Nordeste garoa, música de Luiz Gonzaga em homenagem à cidade. Foi ovacionando.

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