sexta-feira, 27 de abril de 2012

Morre Dicro


RIO - Morreu na noite de quarta-feira o cantor e compositor Dicró. Ele era diabético e tinha voltado de uma sessão de hemodiálise para casa, em Mauá (Magé), quando começou a passar mal. Sofreu um infarto e morreu num hospital em Magé, por volta das 23h, aos 66 anos.
VEJA TAMBÉM
Relembre músicas de Dicró no Portal GloboRadio
Twitter: Siga @OGlobo_Cultura
Nascido em Mesquita, na Baixada Fluminense, em 14 de fevereiro de 1946, Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, se especializou em sambas satíricos e com letras de duplo sentido, que retratavam de forma irônica o dia a dia do subúrbio e da Baixada.
Filho de uma conhecida mãe de santo da região, passou a infância na favela do bairro do Jacutinga. Seu apelido vem do tempo em que integrava a ala de compositores de um bloco de Nilópolis, também na Baixada: ele assinava as músicas com as iniciais do nome C.R.O. Com o tempo, “De C.R.O.” virou Dicró.
Junto com Moreira da Silva e Bezerra da Silva, foi um dos principais sambistas da linha humorística. São dele títulos como “A vaca da minha sogra”, “Botei minha nega no seguro”, “Funeral do Ricardão” , “Olha a rima” e “Chatuba”.
Despedida com músicas
Dicró foi enterrado às 16h30m desta quinta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade de Mesquita, na Baixada Fluminense. Cerca de 300 pessoas, entre parentes, amigos e fãs, acompanharam o cortejo fúnebre, após seis horas de velório. Eles cantaram diversas músicas do cantor, acompanhados por surdo.
- Essa homenagem é mais que merecida. Pena que é a última. Ele queria isso porque não gostava de tristeza - disse a cantora Edna Só, de 57 anos, fã de Dicró.
No momento em que o caixão foi colocado na sepultura, Edna, aos prantos, gritava para que Dicró “não fosse embora”.
Acompanharam o enterro a mulher, os três filhos e três netos de Dicró. Um deles ressaltou a irreverência do pai e o humor com que sempre levou a vida.
- Meu pai foi feliz até os últimos dias de vida. A gente brigava com ele porque não podia comer certas coisas, mas ele só fazia o que queria. Ele era o típico malandro carioca - contou Roberto Dicró, filho do sambista.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/morre-aos-66-anos-sambista-dicro-4739427#ixzz1tIP6xpmX
© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Nenhum comentário:

Postar um comentário