segunda-feira, 23 de abril de 2012

“No início os Beatles eram bregas, com o Calypso foi a mesma coisa”, diz Chimbinha


Renato Kramer, no F5

“A Banda Calypso vai virar filme”, comentou a jornalista Marília Gabriela no início de sua entrevista com Joelma e Chimbinha, os protagonistas da banda no “De Frente Com Gabi” (SBT) deste domingo.

“E era a atriz Mariana Ximenes que ia fazer o teu papel?”, perguntou logo a apresentadora para Joelma. “No início era, mas a Mariana vai ter compromisso com uma novela na Globo e não vai poder fazer. Então convidaram a Deborah Secco, de quem eu sou fã…e está quase certo!”, confessa a cantora feliz da vida.

“E quem vai fazer o Chimbinha, o Daniel de Oliveira?”, pergunta Gabi. “Não, ele também vai estar numa novela… ainda não está definido quem vai ser”, responde o próprio Chimbinha.

O Pará tá na moda, agora”, comenta Gabi. “É, o governo tá ajudando um pouco…mas só quem eles querem”, esclareceu Chimbinha.

O filme vai contar desde a infância de vocês? E como foi a sua infância, Joelma? Pergunta a apresentadora sem fazer rodeios.

“A minha infância foi difícil. Éramos em nove irmãos e fomos criados só pela minha mãe. Meu pai um dia saiu pra trabalhar e nunca mais voltou”, conta Joelma com certa mágoa na voz. Eu tinha uma revolta muito grande com o meu pai. Ele batia muito na minha mãe… batia nos meus irmãos com fio elétrico…”. “E nunca mais se viram?” indaga a jornalista. “Nunca. Só quando fiquei famosa!”, conta Joelma com um riso sofrido,

“E como foi esse reencontro? ” instiga Gabi. “Não foi. Ele foi direto pra televisão fazer um depoimento, se fazendo de vítima”, conta a cantora um tanto a contragosto.
“Como é que você se envolveu com a música?”, mudou estrategicamente de assunto Marília Gabriela. “A mãe era gerente regional da Assembleia de Deus e eu cantava na igreja. Eu era movida à música. Quando eu não tava ouvindo música, eu tava cantando! Gostava da ‘Bárbara Straisse’”, informa Joelma.

Gabi: “eu ouvi dizer que vocês são loucos um pelo outro? Joelma: “é verdade!”. Gabi: “a chama ainda está acesa?” Joelma: “há quatorze anos, graças a Deus!”.

“A Banda Calypso também foi muito criticada no início…”, cutuca Gabi. “Tudo o que chega de ‘novo’ é criticado –pode ser bom, médio ou ruim – todos criticam”, desabafa Chimbinha. “Quando surgiram os Beatles, eles eram bregas, porque o Frank Sinatra é que era legal. Com o Calypso foi a mesma coisa. Criticavam a roupa da Joelma e a música que era brega. Agora a roupa dela é copiada e a música do Calypso é muito boa!”, conclui o músico.

“Por que ‘Chimbinha’?, quer saber Gabi. Joelma se diverte: “ah, agora conta!”. Chimbinha, todo tímido, explica que quando adolescente era ainda mais tímido. Na verdade o apelido veio de ‘bichinha’, já que ele se mostrava resistente em chegar nas meninas que o paqueravam. Os amigos, para aliviarem a dele, começaram a chamá-lo de ‘chimbinha’, que seria entendido só pela turma que era o contrário de ‘bichinha’. Coisas da tenra idade.

“Virtude, Joelma?”. “Minha fé”. “Defeito, Chimbinha?”. “Ser perfeccionista demais”. “Medo”? Joelma: “de fazer algo errado!”. Chimbinha: “de fazer alguém sofrer”. “Fama, Joelma”. “O trabalho tem que ser mais importante do que a fama”. “Dinheiro, Chimbinha?” “Um mal necessário”. “Sonho?”. “De ver meus filhos seguindo a carreira que eles amam”, diz Joelma. “Ter as minhas guitarras, os instrumentos que eu sempre quis ter –um sonho realizado”, diz Chimbinha. “O seu luxo?” “As minhas roupas de show!”, responde rápido a cantora Joelma. “Os meus instrumentos”, insiste o guitarrista Chimbinha.

Projetos? “Breve estaremos lançando um DVD gravado em Angola e já estamos preparando o novo CD de carreira –volume 18!”, informa Chimbinha. “E o filme vem aí, hein?!”, lembra Joelma eufórica.

“Sucesso –se é que é possível ter mais!”, deseja-lhes Marília Gabriela, encerrando a entrevista.

dica do Rogério Moreira

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